quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A estratégia de um RH Capitalista

É muito comum nos depararmos com profissionais com baixa produção ou sem comprometimento com a empresa.

Quando isso é detectado, entra em cena o RH. Missão: elevar a produção, o comprometimento, fazer com que o profissional entenda a missão da empresa.

Mas como fazer isso?

Com certeza existem mil e uma alternativas possíveis de serem aplicadas como: treinamentos, capacitação técnica, palestras motivacionais, premiações, PLR, e mais, e mais, e mais...

Agora temos que entender a causa deste problema e não apenas tratar os sintomas, pois ao tratarmos apenas os sintomas não estamos resolvendo “o dilema”.

Acredito que grande parte da causa destes problemas esta relacionado à frieza no processo de trabalho moderno. Quando falo sobre frieza no relacionamento de trabalho, não estou me referindo às relações entre chefes e subordinados (que também pode ser uma causa). Refiro-me à relação entre trabalhador X produto-do-trabalho.

Vamos voltar um pouco no tempo, antes da segunda metade do século XVIII. Ao analisarmos a história do período anterior a Revolução Industrial, veremos que os trabalhadores eram preparados desde crianças pelos seus pais para darem continuidade ao oficio da família. O pai carpinteiro ensina o filho desde pequeno a trabalhar a madeira, o agricultor ensinava como cuidar da terra e dos produtos oriundos da agricultura, o artesão, o alfaiate, seguindo assim em todas as profissões. Os trabalhadores faziam o seu oficio com paixão, com propriedade, faziam porque eram especialistas no seu negócio, viam “valor” no que produziam, se orgulhavam. Tinham no oficio a missão da família.

Veio a Revolução Industrial, com ela o avanço do capitalismo, a necessidade da mecanização da produção e com isso surgiu a necessidade do “investimento” em máquinas, e, agora já vivenciando um modelo capitalista onde o lucro é a garantia da sobrevivência, surge a necessidade de reduzir despesas e inevitavelmente demitir trabalhadores.

Com o start da Revolução faz-se necessário a modernização constante sejam de equipamentos ou de processos e com isso a modernização da mão de obra. Essa modernização nunca mais parou pelo contrário esta mais aguda a cada sol nascente. É tão veloz que se um aluno de um curso superior em T.I. não colocar em prática o que aprende desde o primeiro ano, ao concluir o seu curso quase que metade do que ele aprendeu estará ultrapassado!!!

A frieza no processo de trabalho moderno que mencionei acima esta intimamente ligada a velocidade da modernização das empresas. Esta frieza reduz o comprometimento, o alto desempenho, a paixão pelo trabalho.

Hoje se você visitar uma padaria moderna, verá que não existe mais a figura do padeiro (na concepção da palavra). Ao contrario, o que encontrará lá é alguém que sabe operar uma máquina e que através de uma tela (aqui podemos ler Windows) controla a mistura dos ingredientes e o tempo que o pão deverá permanecer no forno. Esse avanço tecnológico acaba esfriando a relação do trabalhador com o produto de seu trabalho e isso reflete em baixo comprometimento.

Acredito que aí mora o segredo: Como contratar um padeiro que terá que trabalhar utilizando-se da tecnologia (pois a padaria tem que agilizar e padronizar a sua produção) e, portanto, não exercerá o seu oficio, e mesmo assim conseguir com que ele seja comprometido?

A resposta é relativamente simples e veremos a seguir.

Segundo Richard Sennet em sua obra “A corrosão do Caráter” este “enigma” esta ligado a duas habilidades:

1. A capacidade de desprender-se do próprio passado

2. Confiança para aceitar a fragmentação

Pessoas que não têm em si estas duas habilidades sofrem ao serem inseridas em um contexto descrito acima.

Vamos entender estas duas habilidades:

Ponto 1 – A capacidade de desprender-se do próprio passado (Empreendedorismo)

Hoje é comum falarmos em empreendedorismo, veja a quantidade de títulos sobre o tema, palestras, seminários e até mesmo em entrevistas de emprego procura-se o tal “empreendedorismo” nos candidatos. Como encontrar esta habilidade? O que vem a ser um empreendedor? Não vou aqui devagar sobre empreendedorismo (isso levaria umas 5 páginas), vou exemplificar para ficar bem claro. Analisemos o exemplo de um empreendedor: Ele dificilmente estaria disposto a doar 5% de seus ganhos para uma instituição de caridade, mas ele facilmente estaria pronto a destruir tudo o que fez diante da oportunidade de um novo cenário econômico de oportunidade. Aqui figura a capacidade de desprender-se do passado o que podemos traduzir como um modelo de empreendedorismo.

Ponto 2 – Confiança para aceitar a fragmentação (Flexibilidade)

Nós acompanhamos hoje, através das mídias e de discursos de empreendedores do setor de T.I. que a evolução do setor tecnológico é um caos constituído por um emaranhado de experiências, erros e contradições. Esse caos assusta a muitos que, sob a sombra de suas angustias, tentam sem sucesso criar padrões para encaixar a evolução. Fracassam, pois o crescimento não se dá de forma clara e burocraticamente planejada.

Na ânsia de vencer neste caos do progresso, faz-se, inevitavelmente, uma forte habilidade em buscar muitas possibilidades ao mesmo tempo o que na prática configura-se em uma forte e inabalável confiança de permanecer na desordem. Sendo assim, um profissional com esta habilidade não deve sofrer com a fragmentação, pelo contrário, deve sentir-se estimulado por realizar trabalhos em muitas frentes ao mesmo tempo. Neste exemplo, vemos tipificada a habilidade flexibilidade.

Pensando na constante evolução e na necessidade destas habilidades é triste dizer isso, mas a pessoa mais indicada para trabalhar na padaria moderna (utilizada como exemplo acima) não seria um exímio padeiro que conheça todas as técnicas da panificação e que adore “colocar a mão na massa” literalmente. A pessoa mais indicada seria alguém que conheça de panificação, que já tenha feito pão de forma tradicional (sem uso de muita tecnologia), mas que não seja nostálgico ao ponto de lutar contra o avanço tecnológico. Alguém que esteja disposto a deixar de lado o seu conhecimento adquirido com os anos de labuta manual no trato com a massa do pão e que se apaixone pelos ícones da tela da máquina de fazer pão.

Ele precisará entender que o produto do trabalho dele não é o pão, o produto do trabalho dele é a máquina, pois se ele achar que é o pão, ele se frustrará, haja vista que quem faz o pão é a máquina e não ele. A paixão dele tem que estar voltada para a máquina e não para o pão;

A partir de hoje o seu negócio não é fazer pão, o seu negócio é operar uma máquina de fazer pão.

Hoje cometemos muitos erros ao contratarmos pessoas e depois dizemos que “estava fora do perfil”, será que é isso mesmo? Ou será que estamos contratando de forma míope. Contratamos um vendedor quando na verdade precisamos de um consultor, contratamos um gerente comercial, mas precisamos de um técnico de futebol.

E você...Qual é o seu negócio?

Alexandre Lopes
Administrador e Sociologo




sábado, 16 de outubro de 2010

A teoria R2 - Reconhecimento X Recompensa

A teoria do R2 - Reconhecimento X Recompensa

O assunto do momento, e a previsão para os próximos anos, é “O APAGÃO DE MÃO DE OBRA”. Os RHs estão vivendo um cenário árido em busca de bons profissionais para suprir as demandas cada vez mais exigentes das empresas. E o pior é que este cenário só tende a se agravar devido a muitos fatores como: O modelo de ensino neoliberal parado no tempo, a capitalização do ensino universitário, a frenética busca da geração Y por empresas que tenham em seus valores/filosofia as verdades em que eles acreditam e defendem, e muito outros, mas este não é o assunto que quero tratar aqui.

Com o aglomerado destas dificuldades, surge um dos maiores desafios para os profissionais de RH : Como reter os talentos na Empresa. Já que está, e vai ficar cada vez mais difícil, mantê-los fiéis à Empresa, como “prorrogar” a sua saída?

Claro que não conseguiremos este feito com meia dúzia de ações ou com uma varinha de condon. É preciso sim queimar muito fosfato, levantar as macro competências de sua empresa, alinhar as competências dos colaboradores às macro competências e às competências departamentais, ter um bom plano de oportunidades (vertical e horizontal), processos de comunicação claro e constante, equilíbrio de vida profissional X vida pessoal, respeito, feedback, pacote de benefícios atraente, salários compatíveis aos vigentes no mercado e inseri-lo no “projeto empresa” (o profissional tem que ter a certeza de que ele é importante para a empresa).

Não bastasse tudo isso, gostaria de dedicar aqui algumas linhas para cristalizar uma teoria que defendo nas minhas conversas sobre retenção e motivação de talentos: A teoria R2

Infelizmente alguns RHs confundem o binômio Reconhecimento & Recompensa (R2), vamos ao significado:

• Reconhecimento: Ato de reconhecer, gratidão, sentimento de agradecimento.

• Recompensa: Ato ou efeito de recompensar premio dado em reconhecimento de um serviço, favor ou boa ação, premio, indenização, compensação.

Sendo assim, as políticas de RH das empresas devem prever a teoria R2 em seu orçamento anual.

O processo de Reconhecimento pode ser concretizado através de uma placa de homenagem, um troféu, um certificado, um almoço com o Presidente da empresa ou até mesmo com um simples pin.

Agora quando falamos em Recompensa inevitavelmente devemos conjugar este verbo em conjunto com uma gratificação monetária ou será que vivemos em um país socialista? É claro que não. Portanto devemos praticar ambas as coisas, devemos aplicar o R2 na sua integridade.

Evidente que em proporções diferentes e aqui vale citar um dos maiores estudiosos sobre a motivação do ser humano, Abraham Maslow. Segundo Maslow ao suprir as necessidades mais básicas de um individuo (necessidades fisiológicas) automaticamente suas necessidades ganham outro foco que seria a necessidade por segurança e depois amor/relacionamento, estima e realização pessoal. Olhando por este prisma devemos saber aplicar bem a teoria R2, pois têm pesos e medidas diferentes que variam na sua proporção face à posição em que o individuo se encontra em suas necessidades atuais.

Mas não chega a ser difícil de desvendar, claro que o que descrevi aqui não serve como regra absoluta, sempre teremos uma ou outra exceção. Mesmo assim não seria difícil dizer que um funcionário do chão de fábrica (base da pirâmide de comando de uma empresa) estaria mais propício à Recompensa do que ao Reconhecimento o mesmo não poderia dizer de um Gerente ou de um Diretor onde provavelmente a teoria R2 tenha mais relevância no Reconhecimento.

Portanto não é difícil, apenas não podemos nunca aplicar apenas um R em detrimento ao outro, utilizando como justificativa que um é mais importante do que o outro. Os dois têm seus pesos e seus significados. Portanto quando o assunto for motivação, pergunte-se: Como você está aplicando a teoria R2?

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

102 Dinâmicas de Grupo

Bem, sei que é trivial, mas não poderia criar um blog sobre RH e não disponibilizar aqui uma coletânea de dinâmicas de grupo.

Bom proveito

Download: Dinâmicas de Grupo

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Livro Grátis - Como formar instrutores

Estou disponibilizando no link abaixo um livro (pdf) com muitas técnicas e métodos para a formação de Instrutores. Esta literatura serve também para quem já é Instrutor.

Sabemos que no varejo a necessidade de multiplicar os treinamentos de forma rápida e eficaz é vital para o sucesso do negócio, e muitas vezes temos que contar com um profissional que não é do RH, mas nos ajuda muito, são os Multiplicadores. Este livro deveria ser entregue a todos os Multiplicadores.

Abaixo o índice do livro. Analisem e vejam a riqueza do conteúdo.

Bom proveito...


Índice

1. Coordenação de Treinamentos
1.1. O que é Treinar?
1.2. Levantamento de Necessidade de Treinamento (LNT)
1.3. Estruturação e Planejamento de um Programa de Treinamento
1.4. Execução, Acompanhamento e Avaliação.
2. O Instrutor
2.1. O que é ser Multiplicador / Instrutor de Treinamentos
2.2. Perfil e Papel do Multiplicador / Instrutor
2.3. Melhorando a imagem
2.3.1. Os nervos
2.3.2. Os gestos
2.3.3. A voz
2.3.4. A aparência
2.4. A Autoestima
2.4.1. Valorizando os Pontos Fortes
2.4.2. Refletindo os pensamentos positivos
2.4.3. Dominando o Conteúdo
2.4.4. Ensaiando o Conteúdo
2.5. Simpatia, Empatia e Antipatia
2.6. Criatividade: O diferencial
2.7. Dinâmica de Grupo
2.8. Principais Características
Pequeno Manual de Relacionamento Interpessoal
2.9.
2.10. Ossos de Instrutor
3. Instruindo a Instruir
3.1. Vivendo e aprendendo
3.2. Toró de Parpitis – Brainstorming
3.3. Educação de Adultos e Treinamentos
3.4. Planejamento de Ensino
3.4.1. O que é Planejar?
3.4.2. Componentes Básicos
3.4.3. Planejamento do Treinamento em Serviço
3.4.4. Importância do Planejamento do Treinamento em Serviço
3.4.5. Características de um bom planejamento de Treinamento em Serviço
3.4.6. Modelo de Formulário
3.4.7. Material Didático
3.4.8. Local
3.4.9. Recursos Audiovisuais e Multissensoriais
3.5. A Aprendizagem e o Ensino
3.6. Motivação
3.7. O Público
3.7.1. Os sinais do público
3.8. Questões
3.8.1. Espaços para questões
3.8.2. Tipos de questões
3.8.3. Como receber uma pergunta
3.8.4. Respondendo de maneira adequada
3.9. Concluindo o Treinamento
4. Técnicas de Liberação de Expressão
5. Mensagem Final










Boa tarde,

Algumas pessoas me pediram indicações de filmes para serem utilizados em treinamentos, pensando nisso elaborei uma relação com 235 títulos que podem ser utilizados.
Na relação consta o título do filme, o genero, a distribuidora e o tema (que deve ser observado para uma correta utilização).

Apenas um comentário: O filme serve para levar os participantes a uma reflexão más em hipótese nenhuma deve substituir o Palestrante/Facilitador.

Faça uma breve explanação sobre o filme (antes de iniciá-lo) e diga ao grupo quais são as partes do filme onde eles devem dedicar mais atenção para que depois da apresentação o grupo possa realizar as analises/interpretação trazendo o conteúdo do filme para a realidade.

Link para o arquivo:

http://www.4shared.com/document/XpQDA3LW/Filmes_para_Treinamento.html




Sucesso a todos,

Alexandre Lopes

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Como o RH pode ajudar na contratação e no treinamento de vendedores

Primeiro vamos contextualizar os clientes no comercio varejista de hoje para entender as necessidades de efetuar uma excelente contratação e um magnifico plano de treinamento para os seus vendedores.



Sabemos que a grande fatia dos clientes que movimentam o comércio hoje esta na faixa de 25 a 50 anos e esta faixa etária de cliente é também conhecida como os formadores de opinião. Eles não se calam, indicam os seus produtos e/ou serviços sendo eles bom ou ruim. E o pior é que, em tempos de web 2.0, estas indicações tornaram-se exponenciais. Um cliente tem uma péssima experiência de compra e imediatamente relata isso em seu twitter, comenta no face book, Orkut e demais redes sociais. Pronto está feito o estrago. Se este cliente tiver algo em torno de 100 a 130 seguidores (estou sendo modesto) em cada uma de suas redes, estamos falando que ele esta detratando a sua empresa para quase 400 pessoas simultâneamente...



Muitos devem pensar agora: “Ah, que saudades de alguns anos atrás em que as pesquisas falavam que um cliente mal atendido espalhava a noticia para mais 7 ou 8 pessoas”.

É o mundo mudou, a economia mudou e os clientes também.

Estes clientes são caracterizados pela polarização de quatro verdades que os acompanham:


1. Estão, e se mantém, muito bem informados sobre qualquer produto e/ou serviço que decidam comprar;



2. Tem maior poder de escolha, pois as variedades e opções, tanto físicas como virtuais, aumentam a cada segundo;



3. Fazem exigências como nunca. Negociam, ameaçam ir embora, apresentam outros orçamentos;



4. São carentes. O avanço tecnológico, a competitividade, a dedicação ao trabalho acabam preenchendo todo o tempo das pessoas ao ponto de acabarem se isolando em si mesmas.



Pensando nas verdades acima, o que um cliente busca em uma relação de compra:



1. A confirmação das informações que ele já possui sobre determinado produto e/ou serviço que ele pretende adquirir;



2. A certeza de que a escolha pela sua empresa foi a melhor;



3. Uma negociação ganha-ganha, onde o vendedor assume o foco do cliente e não o foco no cliente;



4. Uma relação pessoal e sincera em que ele possa confiar.



Voltamos ao nosso título: Como o RH pode ajudar as empresa no processo de Recrutamento e Seleção e Treinamento e Desenvolvimento dos profissionais de vendas:


1.Contrate vendedores que gostem de gente. Neste ponto o RH pode auxiliar e muito através do departamento de R&S. O que vai garantir o sucesso neste vértice com certeza são os vendedores que ouvem, olham nos olhos, encantam os seus clientes, encantam os filhos de seus clientes (aqui eu me lembro da história de Joe Girard – O maior vendedor do mundo – Guinness book). Em muitos casos vale muito mais contratar um profissional que goste de gente e que não é vendedor do que contratar um vendedor que tem como foco o cliente (relação ganha-perde, ele encara o cliente como um desafio. Esse tipo de vendedor tem a necessidade de sair de uma relação de venda com o sentimento de que ele venceu o cliente).



2. Garanta com que o vendedor participe dos treinamentos técnicos sobre os produtos e serviços oferecidos pela empresa. E este treinamento tem que ser cíclico, não basta treinar apenas uma vez e achar que o vendedor reteve todo o conteúdo. Lembre- se quando o assunto é treinamento não há como pecarmos por excesso, nunca é demais.



3. Garanta com que o vendedor participe de treinamento sobre técnicas de vendas e técnicas de negociação. Mas atenção, a negociação com o foco do cliente. O vendedor tem que enxergar o sonho do cliente. Um bom exemplo seria: se você tem uma equipe de vendedores de uma loja de materiais para construção, coloque os seus vendedores para fazerem cursos de designe de interior, decoração, arquitetura, paisagismo. Imagine um cliente nessa loja escolhendo um piso, uma tinta e demais produtos e o vendedor lhe dando uma consultoria sobre designe, decoração, tendências. Tudo isso somado a capacidade técnica advinda dos cursos técnicos sobre os produtos, vendas e negociação, com certeza será uma venda show.

Alexandre Lopes
Admistrador e Sociologo
Profissional de RH